Além de ser a única mulher indicada para a categoria Melhor Álbum do Ano, no Grammy 2018, Lorde não pode se apresentar. Sua performance individual infelizmente não foi autorizada pelos organizadores da cerimônia e a decisão, claro, gerou polêmica.
A cantora então decidiu marcar presença no evento, porém em clima de protesto. A jovem neozelandesa apareceu com um poema da artista neo-conceptual feminista Jenny Holzer, costurado no vestido Valentino. O texto chama-se “Inflammatory Essay” (“Ensaio Inflamatório”) e diz o seguinte:
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“Alegrem-se! Nossos tempos estão intoleráveis. Criem coragem, pois o pior é um presságio do melhor. Apenas uma circunstância terrível pode precipitar a queda dos opressores. O antigo e o corrupto devem ser destruídos antes que o justo possa triunfar. A contradição será aumentada. O julgamento será acelerado pela semeação das sementes de distúrbios. O apocalipse florescerá”.
Lorde ainda postou uma foto no Instagram afirmando que essa foi sua “rosa branca”. A rosa branca foi referência ao item usado por muitos artistas na cerimônia do Grammy, em apoio ao movimento Time’s UP.
Sonja Yelich, mãe de Lorde, postou no Twitter a foto de um artigo publicado recentemente pelo “The New York Times”. A crítica fala exatamente sobre a “performance” que Lorde não fez, além de apontar que “das 899 pessoas indicadas nos últimos seis Grammys, [um relatório indicou que] apenas 9% eram mulheres“. Que absurdo!